Planos de cidades, vistas de trechos urbanos, cartas topográficas, perfis de zonas de costa junto a localidades: são diversas as intenções e as formas de representar as cidades e os aglomerados habitacionais. Descritos com maior ou menor precisão, permitem identificar os principais edifícios e relevos naturais, constituindo-se como testemunhos gráficos de um determinado local num tempo preciso, historicamente objetivo e sujeito às alterações próprias das atividades humanas.
Embora tenha surgido na arte europeia no final da Idade Média, a prática de representar fielmente os trechos das cidades e dos aglomerados habitacionais divulgou-se principalmente a partir do século XVII e entre nós no século seguinte. Numa época em que viajar começava a ser mais frequente em determinados grupos sociais, foram primeiramente os desenhadores estrangeiros e só mais tarde os nacionais que iniciaram este tipo de registos gráficos dando-nos a conhecer, em raras visões, o aspeto que então apresentavam de algumas localidades em Portugal.
COMISSÁRIA
Alexandra Gomes Markl
Folha de sala
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