Na Florença da segunda década do século XVI, Pontormo (1494-1556) e Rosso Fiorentino (1494-1540) foram os principais intérpretes do Maneirismo. Um movimento que o século XIX não compreendeu mas que é hoje muito apreciado pelo génio, ousadia e liberdade criativa dos seus mestres. Francisco I, rei de França, teria já essa opinião quando convidou Rosso para vir para Paris, em 1530, como seu primeiro pitor de corte. O artista dedicaria toda a última década da sua carreira aos grandes trabalhos de decoração dos novos espaços do palácio real de Fontainebleau. Muito se perdeu desses programas, mas a pintura de Baco, Vénus e Cupido, vinda do Musée National d'Histoire et d'Art, do Luxemburgo, constitui um eloquente testemunho da refinada e sedutora arte de Rosso em Fontainebleau.