Novas narrativas para o Verão no MNAA
Uma seleção de obras-primas da pintura europeia
Uma seleção de obras-primas da pintura europeia
O acerto de calendário das obras de remodelação que determinarão o encerramento temporário do MNAA, permitiu reabrir, até ao final do Verão, nove salas da coleção de pintura europeia. É uma possibilidade de mantermos visíveis algumas das obras fundamentais da coleção, mas é também uma oportunidade de criarmos novos arranjos e uma ligação diferente entre algumas obras.
O Tríptico das “Tentações de Santo Antão”, de Jheronimus Bosch, mostra-se na “Sala do Tecto Pintado” com quatro outras “tentações” flamengas do século XVI ( onde podemos ver a perenidade da influência do imaginário do diabólico criado por Bosch), e com o painel do encontro do Ermita com o Sátiro, numa rara representação do santo na pintura portuguesa.
Confrontam-se depois duas pinturas de Nuno Gonçalves com obras de Piero della Francesca, Bartolomé Bermejo, Hugo van der Goes e Dürer, o que permite enquadrar o pintor português na grande corrente quatrocentista europeia de dignificação e monumentalização da figura humana.
Nas salas seguintes, são chamados ao diálogo retratos, paisagens e naturezas-mortas, de diferentes épocas e escolas e demonstra-se a influência do tenebrismo de Caravaggio na pintura italiana e espanhola. Confrontam-se, também, as sobrevivências do realismo nórdico na pintura seiscentista dos Países Baixos do Norte e do Sul, e mostram-se, ainda, algumas obras da coleção do museu entre o rococó italiano e o naturalismo oitocentista francês, expondo-se algumas obras habitualmente em reserva.