Instalação/Performance multimédia. Série de composições audiovisuais orquestradas ao vivo, onde imagem e som são manipulados em tempo real. A imperfeição como elemento desencadeador de emoção, assinalando o desconforto perante o erro, a perda de padrão, de ordem. Equipamentos obsoletos-emocionais num mundo digital. Uma máquina não é autorizada a cometer erros, tal como não somos encorajados a falhar. Mas falhar é preciso.

Veruscka Girio nasceu no Maranhão, Brasil. Uma das mulheres VJs pioneiras (desde 2003). Desde 2011 faz controle wireless de imagem ao vivo e funde o digital e o analógico: trabalhando com equipamentos obsoletos e de última geração. Participou da 12a Bienal de Havana (Cuba). Expôs no Salão do Móvel (Milão), também no Japão e Alemanha, com apresentações em Tóquio, Paris, Barcelona, Berlim e Lisboa. É idealizadora da mostra AVAV de manipulação de imagem e som ao vivo e cofundadora do Epicentro Cultural. Faz parte do coletivo #projetemos, do trio de VJs TRIPLA e das bandas audiovisuais Plano V e Velvet Kills. Mais recentemente: em Portugal, foi convidada pelo Teatro Municipal da Guarda para integrar a aMostra — Mostra de Arte Digital, com 2 instalações imersivas; por convite do Festival Amazónia Mapping, participou da residência artística do programa AMPLIFY D.A.I 2021 (uma realização do British Council em parceria com Oi Futuro MUTEK Montreal), desenvolvendo uma obra audiovisual em full dome, em parceria com a artista sonora inglesa Edy Fung. Desenhou videocenários para espectáculos de Omara Portuondo (Buena Vista Social Club), Jorge Ben, João Donato, Elza Soares, Gilberto Gil, entre tantos outros artistas. A sua linguagem reside na intersecção da arte, matemática e espírito com a pesquisa voltada para a transcomunicação, levantando questões sobre o uso, o fluxo, a rotina, a ancestralidade e o tempo real.

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