Do retábulo iniciado por Cristóvão de Figueiredo, cerca de 1525, para a capela-mor da Igreja de Santa Cruz de Coimbra conserva-se, entre outras tábuas, esta Deposição no Túmulo. Uma das peças centrais da arte portuguesa do século XVI, de uma linguagem majestosa, dramática e classicizante, reinventa de forma inovadora um episódio habitual da imagem religiosa no ocidente europeu.
Na pintura, destacam-se os dois retratos, possivelmente dos doadores, com fisionomias vigorosamente modeladas (dos melhores da pintura portuguesa após Nuno Gonçalves) e o facial do sarcófago, ostentando, à maneira clássica, dois tondi com representações de episódios do Antigo Testamento: Jeremias lançado na cisterna e Jonas engolido pela baleia.
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