A Virgem apresenta-se sob um arco e o Menino repousa sobre um tapete oriental disposto num parapeito, criando um efeito plástico de “janela” e de ligação entre o domínio sagrado da representação e o espaço profano do observador.
Única obra em Portugal do mestre de Bruges, pode tratar-se do painel de um díptico em que, à direita, figuraria a imagem do doador em atitude de veneração, segundo uma tipologia muito em voga na pintura flamenga dos finais do século XV e que o próprio Memling adotou numa das suas obras mais célebres, o díptico de Maarten van Nieuwenhoven (Sint-Jan Hospitaalmuseum, Bruges), onde a representação da Virgem com o Menino é bastante semelhante à deste painel.
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