Durante o Renascimento, era tão grande o fascínio pela porcelana da China que os europeus tentaram arduamente encontrar o segredo do seu fabrico. Um dos resultados mais próximos foi conseguido em Florença, a chamada “porcelana Médicis”, composta por uma delicada variedade de pasta tenra, à base de argila branca e de silicato fusível, fabricada possivelmente entre 1575 e 1587, sob o patrocínio de Francisco I de Médicis, grão-duque da Toscana.
Este gomil, que constava do inventário de 1589 do grão-duque Fernando I, irmão e sucessor de Francisco de Médicis, é uma obra harmoniosa com bico e asa de dragão e decoração renascentista com ornatos de gosto mourisco. A bacia, inspirada numa peça de faiança, apresenta decoração também renascentista e a figura do evangelista São João, copiada de uma gravura do alemão Heinrich Aldegrever, segundo desenho de Georg Pencz, cuja sigla está sobre o livro.
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